20/04/2012
Cezar Peluso mencionou 'cor' em crítica a Joaquim Barbosa, que reagiu.

O ministro Ayres Britto, ao lado da presidente Dilma Rousseff, na cerimônica de posse como presidente do STF (Foto: Felipe Sampaio / STF)
O tema fez parte de uma sequência de declarações à imprensa que provocaram uma crise entre o ex-presidente da Corte Cezar Peluso e Joaquim Barbosa, empossado nesta quinta como vice-presidente do tribunal.
Em entrevista à revista Conjur, Peluso disse que Barbosa teria receio de ser qualificado pela cor e não pelo mérito. Segundo Peluso, Barbosa "tem receio de ser qualificado como alguém que foi para o Supremo não pelos méritos, que ele tem, mas pela cor".
Em resposta, o vice-presidente do STF afirmou, em entrevista ao jornal "O Globo", que em todos os locais onde trabalhou sempre houve “um ou outro engraçadinho a tomar certa liberdades comigo, achando que a cor da minha pele o autorizava a tanto”.
“"Racismo? Nunca vi isso aqui. Nós somos contra o racismo por dever porque o racismo é proibido pela Constituição e é criminalizado”, respondeu o presidente do Supremo, que tomou posse nesta quinta-feira.
Barbosa chegou a dizer que Peluso teria tentado “manipular” o resultado de um julgamento. A hipótese foi considerada “ilógica” pelo presidente da Corte. Para Ayres Britto, o estilo “enfático” do ex-presidente Peluso pode ser “confundido” com manipulação.
“Às vezes entre o voto dele e a proclamação, ele [o presidente] tenta reverter o quadro. Não é manipulação. É uma ênfase. Nunca vi e nunca verei um presidente alterar o conteúdo de uma decisão porque os outros reagiriam”, disse Ayres Britto.
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