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terça-feira, 14 de junho de 2011

Conselho de Ética tem legitimidade para julgar Jaqueline Roriz, diz relator

Parlamentar foi gravada recebendo dinheiro de delator do mensalão do DEM.
Para deputada, fatos ocorridos antes da posse não poderiam ser analisados.

Do G1 DF

Deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP) lê relatório sobre caso Jaqueline Roriz no Conselho de Ética (Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara)
Deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP) lê relatório sobre caso Jaqueline Roriz no Conselho de Ética
(Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara)
 
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou nesta quarta-feira (8), durante leitura do relatório sobre processo de quebra de decoro contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), que o Conselho de Ética da Câmara tem legitimidade para julgar as denúncias contra ela.

Jaqueline Roriz é apontada de ligação com o escândalo do mensalão do DEM, suposto esquema de corrupção que teria envolvido integrantes do governo do Distrito Federal, deputados da Câmara Legislativa do DF, membros do Judiciário e empresários.

Um vídeo em que a deputada aparece, ao lado do marido, recebendo dinheiro do delator do esquema, Durval Barbosa, motivou a acusação contra ela no Conselho de Ética. O dinheiro teria sido usado na campanha da deputada à Câmara do DF, em 2006.
Ela também é acusada de ter usado dinheiro do gabinete para pagar o aluguel de um imóvel de propridade do marido. Na defesa apresentada no início de abril, os advogados da deputada alegaram que ela poderia usar o dinheiro para alugar um escritório político, mas que a parlamentar apenas pagava o condomínio da sala. Segundo os advogados, o marido de Jaqueline teria cedido o imóvel sem cobrar aluguel.
A defesa de Jaqueline Roriz alegava que o conselho não tinha poder para julgar casos ocorridos antes da posse dela do mandato. O relator argumentou que as denúncias contra ela não eram conhecidas antes de ela tomar posse e que, por esse motivo, poderiam ser analisadas pelo conselho.

“Fatos políticos desconhecidos do Parlamento são, na verdade, fatos contemporâneos, pois suas repercussões são atuais”, afirmou.

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